A Cardiologia do Esporte ainda não é reconhecida como especialidade, pois é um campo novo, em evolução no mundo todo, que abrange conhecimento tanto da cardiologia quanto da medicina esportiva. Mesmo, ainda não sendo especialidade, já conta com diretrizes brasileira, norte-americana e europeia, além de livros, publicações científicas, serviços de atendimento específicos e departamento na Sociedade Brasileira de Cardiologia (DERC).
Sem invadir o campo da Medicina do Esporte, mas trabalhando em conjunto, esta futura especialidade foca na prevenção e tratamento de patologias cardiovasculares, que podem:
- ser congênitas ou hereditárias, e impedir a prática esportiva;
- se desenvolverem com idade ou conforme o indivíduo se expõe a fatores de risco, e limitar a intensidade do exercício físico;
- evoluírem com o estímulo e carga imposta ao coração pela prática de esforço intenso, e gerar afastamento do esporte;
- ou, em último caso, quando não diagnosticado ou conduzido corretamente, levar à morte súbita cardíaca.
Por outro lado, tendo o conhecimento específico da área, o cardiologista que atua na Cardiologia do Esporte, principalmente tendo experiência através de formação (algumas residências incluem a matéria na formação do cardiologista, e também existem serviços que oferecem 1 ano a mais de treinamento na área, como
fellow), é capaz de diferenciar alterações consideradas “normais” para o “coração do atleta” do anormal, considerado patológico, e assim evitar além de doenças e complicações cardiovasculares, o afastamento ou encerramento desnecessário de carreiras esportivas.
Toda atividade física programada, regular, planejada, com intuito de ganho em saúde ou performance, pode ser chamada de exercício físico, e para que este seja considerado seguro, e portanto, saudável, o indivíduo praticante precisa ter a certeza que seu corpo está preparado para o volume planejado.
Volume de treinamento se refere à combinação de tempo, intensidade e frequência do exercício. Ou seja, quantas vezes na semana, por quanto tempo e em qual intensidade (força ou velocidade), você irá praticar o determinado exercício.
Conforme este volume, seu corpo irá desempenhar um determinado esforço, muscular, articular, metabólico e, consequentemente, cardíaco. Lembre-se que todo o organismo depende do sangue, ejetado pelo coração, levando oxigênio e nutrientes à todas as células do corpo humano, através das artérias.
Qualquer alteração no coração ou na circulação, em conjunto denominados sistema cardiovascular, prejudica o fornecimento sanguíneo aos órgãos, incluindo os músculos, essências durante o esforço físico. A exigência desproporcional ao sistema cardiovascular, pode levar a diminuição do rendimento, sintomas limitantes, e em último caso, eventos cardíacos, como o infarto ou mesmo a morte súbita.
O papel da Cardiologia do Esporte, é justamente evitar este desbalanço entre o que o corpo exige e o que o coração pode ofertar, através de especializada avaliação clínica e com exames complementares, quando necessários. O atleta ou praticante de atividade física, avaliados corretamente e preventivamente, conseguem maior rendimento, melhores resultados, performance, e mais do que isto, segurança, diminuindo suas chances de apresentarem complicações cardiovasculares, e principalmente a morte súbita cardíaca.
Trata-se da denominação destinada ao processo de adaptação do coração de quem se exercita regularmente, há pelo menos alguns meses, geralmente com alta intensidade.
Este volume de treinamento intenso, gera uma demanda maior por suprimento sanguíneo, por parte do corpo, e assim, o coração precisa se adaptar, para conseguir ejetar um maior volume de sangue. Com o aumento do volume, ou seja, o tanto de sangue que passa pelo coração, ele ganha força e tamanho, o que chamamos de hipertrofia excêntrica.
Na hipertrofia excêntrica, as câmaras cardíacas (átrios e ventrículos) ficam maiores, e a parede do coração, muscular, também cresce, hipertrofiando, tudo de uma maneira equilibrada. Nem todos os atletas apresentam estas alterações, dependendo de idade, gênero, etnia, tipo e tempo de treinamento.
Sempre que avaliamos corações considerados alterados, temos em mente o coração do atleta, buscando diferenciar o que pode ser considerado doença e o que pode ser chamado de adaptativo ao exercício. Adaptações geralmente regridem com destreinamento, e não requerem intervenções ou afastamento do esporte.
São 4 os momentos em que o paciente deve procurar o cardiologista que atua nesta área:
-Todo paciente que deseja deixar o sedentarismo, deve passar por uma avaliação especializada, buscando a prática segura do exercício físico;
-Outra situação em que se deve buscar avaliação cardiovascular e orientação, e quando o esportista/atleta deseja mudar o nível ou tipo de exercício, neste caso, precisamos saber se o corpo está preparado para este novo estímulo e se não há limitações;
-Quando o atleta apresenta sintomas, como dor no peito, falta de ar, palpitação, ou mesmo quando acredita ter perdido rendimento, deve se consultar com a Cardiologia do Esporte, para correto diagnóstico e conduta, evitando exames desnecessários, afastamento inadequado, ou liberação inapropriada, gerando risco de vida;
-Importantíssima também a avaliação dos pacientes que sabidamente possuem doença cardiovascular, para saber qual a intensidade permitida para sua doença. Conforme a doença apresentada, o paciente pode ter contraindicação relativa ou absoluta ao exercício físico intenso ou moderado, e tudo isto é objetivamente avaliado e orientado pelo cardiologista com experiência na área esportiva.
Além de tudo apontado acima, você, sendo atleta ou mesmo praticante de atividade física, quando diagnosticado com alguma condição cardiovascular, sinta-se livre para buscar uma segunda opinião da Cardiologia do Esporte. O esportista pode apresentar alterações muito específicas em seus exames, e a conduta e terapia nem sempre é de conhecimento atual do cardiologista clínico. O trabalho em conjunto, além de beneficiar a saúde do paciente, pode evitar afastamento do esporte ou a exposição insegura ao exercício.
Entre estes conhecimentos, podemos citar:
Desta maneira, o cardiologista é capaz de interagir como parte da equipe ou grupo interdisciplinar responsável por um atleta profissional ou amador. Além disso, fornece segurança ajudando na prevenção de potenciais riscos, identificando a melhor forma de retornar às atividades esportivas, em casos de problemas cardiovasculares. Nos cardiopatas, orienta o exercício leve e progressivo, denominado reabilitação, monitorizando e buscando a melhora da qualidade de vida, sobrevida e redução de mortalidade.
Dr. Marcos P. Perillo Filho: Médico Cardiologista de Goiânia, cardiologia por telemedicina e cardiologista esportivo.
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